O passo do mundo – Heinrich Heine

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Quem tem muito, muito em breve,
Terá mais do que já tinha.
Quem tem pouco, sem demora,
Mais pobreza se encaminha.

Quem não tem nenhum tostão,
Bata as botas de uma vez –
Pra viver, seu parasita,
Algum trocado tem que ter.

(Tradução: Jonathas Duarte)

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Traduzindo Marina Tsvetáieva (ou: o começo da aventura russa)

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Marina Tsvetáieva

Apresento hoje minha primeira tradução do russo – língua que estudei muito pouco, e que conheço menos ainda. Trata-se de um poema curto, mas que demandou bastante trabalho – consultas a dicionários, gramáticas, biografias e antologias de Marina. Acredito, no entanto, que um certo instinto e uma boa dose de espírito aventureiro respondam por 80% do resultado.

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Solidão (Einsamkeit) – Rainer Maria Rilke

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Domingo de manhã - Edward Hopper (1930)

Domingo de manhã - Edward Hopper (1930)

Rainer Maria Rilke (1875-1926) pode ser considerado um dos mais importantes poetas de língua alemã, tanto pela extensão quanto pela primorosa qualidade de sua obra. Além de uma vasta produçao em sua língua nativa, Rilke deixou-nos um conjunto considerável de textos em outros idiomas, principalmente em francês, língua em que escreveu mais de 400 poemas.

Apresento minha tradução do poema “Einsamkeit”, que integra um dos livros menos divulgados e traduzidos de Rilke no Brasil – “O Livro das Imagens”, editado em 1902 e expandido nos quatro anos seguintes.

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adeus Betty, em mim não mais repare – e.e. cummings

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Edward Hopper - Morning Sun

Edward Hopper - Morning Sun

Na esteira do Mallarmé de Un Coup de Dés, cummings implodiu a linearidade do verso e empreendeu verdadeira revolução na poesia, subvertendo as regras da pontuação e dispondo as palavras na página de maneira tremendamente singular e inventiva, o que faz de seus poemas mais experimentais um verdadeiro inferno para quem se atreva a traduzi-los.

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